Em abril deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a resolução nº 4.658, que obriga todas as instituições que atuam no mercado financeiro a possuírem um plano de cibersegurança. A medida surgiu com o crescimento dos ataques às instituições financeiras nos últimos anos, que não só causam prejuízos às companhias, mas também expõem dados de terceiros e informações sobre projetos estratégicos.
Para manter-se em conformidade com a nova regulamentação, o plano de cibersegurança deve ser estruturado a partir de uma série de estratégias, que você confere a seguir.
O que é o plano de cibersegurança
Trata-se de um conjunto de estratégias utilizadas por empresas para proteger a infraestrutura de TI e de rede contra ataques digitais. Isso envolve a criação de normas de controle de acesso, o monitoramento de recursos, a atualização constante de softwares, a contratação de serviços de processamento e armazenamento em nuvem e investimento em soluções de segurança.
Como a resolução do CMN afeta as políticas de segurança digital das instituições financeiras
A Resolução nº 4.658 do Conselho Monetário Nacional afeta as políticas de segurança digital de empresas financeiras de várias formas. A nova regulamentação cria uma série de mecanismos para que a empresa possa atuar de maneira estratégica na diminuição de riscos e mitigação de ameaças.
Além disso, as novas regras afetam, também, a maneira como serviços de TI devem ser contratados. Assim, a empresa consegue reduzir as chances de um investimento tornar-se um ponto de acesso para novos ataques a médio e longo prazo.
Como estruturar um plano de cibersegurança inteligente
A criação de um plano de cibersegurança abrangente deve envolver vários setores do negócio. Atuando lado a lado com todas as áreas que fazem uso da infraestrutura de TI do negócio, o gestor pode combater problemas de uma forma mais eficaz e, ao mesmo tempo, garantir a integridade dos ambientes digitais sem que isso comprometa a performance de cada time.
Durante a estruturação das políticas de segurança de dados, a empresa deve ter toda a sua infraestrutura e rotinas operacionais avaliadas. Com tais dados, é possível identificar os principais riscos e resolver, com eficácia, problemas em potencial.
A companhia deve estruturar, então, medidas que permitam a mitigação de riscos e a prevenção de problemas.
Os procedimentos de segurança preventivos podem incluir a definição de regras de controle de acesso, rotinas de aplicação ágil de updates de segurança e o incentivo e treinamento de usuários, para que eles incorporem boas práticas ao seu dia a dia. Da mesma forma, os investimentos devem ser estruturados para que o negócio escolha apenas soluções realmente seguras.
Já os processos corretivos do plano de cibersegurança permitem à empresa resolver com agilidade eventuais problemas. Para que isso seja possível, o negócio deve possuir ferramentas de monitoramento e rotinas para controle, recuperação de dados e redução de danos. Assim, se algo ocorrer, os prejuízos serão os menores possíveis.
Em resumo, o plano de cibersegurança é crucial para que instituições financeiras possam manter-se em conformidade com as normas do setor e, assim, garantir a sua competitividade. Além disso, problemas de segurança serão menos frequentes e o setor de TI conseguirá manter a integridade dos serviços, mesmo em momentos de alta demanda por recursos internos.
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